A Revolta de 1924 em São Paulo: Um Marco na História Brasileira
Prezados leitores, hoje abordaremos um capítulo marcante da história de São Paulo: a Revolta de 1924. Este evento significativo desenrolou-se ao longo de 23 dias, iniciando-se em 5 de julho e culminando em uma série de acontecimentos que transformaram a capital paulista.
O então Presidente do Estado de São Paulo, Carlos de Campos, viu-se compelido a evacuar para o bairro da Penha em 9 de julho, após o Palácio dos Campos Elíseos, sede do governo estadual, ser alvo de bombardeios por parte dos insurretos. Em meio ao tumulto, Carlos de Campos estabeleceu seu quartel-general em um vagão adaptado na Estação Guaiaúna, da Estrada de Ferro Central do Brasil, onde também se encontravam as forças federais advindas de Mogi das Cruzes.
A cidade de São Paulo experimentou momentos de tensão extrema, com bombardeios aéreos executados pelo Governo Federal. O exército legalista, fiel ao governo de Artur Bernardes, empregou uma estratégia conhecida como “bombardeio terrificante”, visando diversos locais da metrópole. Os bairros operários, tais como Mooca, Ipiranga, Brás, Belenzinho e o Centro, sofreram impactos severos, resultando em destruição de residências e estabelecimentos industriais, além de inúmeras vítimas fatais e feridos.
A magnitude da evacuação foi notável, com aproximadamente duzentas mil pessoas buscando refúgio no interior do estado, longe do cenário de devastação. Ao término das três semanas de confrontos, contabilizaram-se 503 mortos e 4.846 feridos entre os paulistas. As fotografias da época retratam vividamente o pátio da Estação Mooca da São Paulo Railway Company, gravemente danificado pelos ataques das tropas federais.
Este levante é um dos diversos movimentos que expressaram o descontentamento popular com as políticas governamentais vigentes. Convido-os a refletir e compartilhar suas perspectivas sobre esses episódios que compõem nossa rica tapeçaria histórica.
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